O conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra e o Santuário de Bom Jesus, em Braga, tornaram-se este domingo Património Cultural Mundial da UNESCO, segundo noticiou a própria organização.
Apesar de os dois monumentos terem visto a sua candidatura aprovada, ambos levantaram dúvidas entre o Comité do Património da UNESCO. O Conselho Internacional de Monumentos e dos Sítios (ICOMOS) considerou que a Tapada “não está suficientemente documentada”, logo “sem haver mais informações, não faz sentido recomendar este lugar como Património Cultural Mundial", declarou a representante do grupo durante o Comité a decorrer em Baku, no Azerbaijão, citando a Lusa.
Países como o Brasil, a Tunísia e a China defenderam o monumento e este acabou por ser aprovado e é considerado, a partir de agora, Património Mundial. "Mafra reúne todas as condições para ser reconhecido. Desejamos inscrever um edifício de valor extraordinário que tem também um jardim e uma tapada e não o inverso, como indica o ICOMOS", disse a representação de Portugal, ao defender esta candidatura.
A autenticidade e integridade do palácio, a preservação e prevenção de acidentes foram algumas das dúvidas debatidas no que toca ao Palácio de Bom Jesus pelo ICOMOS mas o monumento acabou por ser aprovado. O Brasil, mais uma vez, defendeu Portugal e declarou que o Santuário cumpre todos os critérios para ser considerado Património Mundial. A representante acrescentou ainda que este serviu de inspiração para o complexo do Bom Jesus de Congonhas, no Brasil, que já consta da lista da UNESCO.