Uma rapariga de 23 anos foi constituída arguida num processo, do Tribunal Judicial da Comarca de Braga, por ter cometido os crimes de violência doméstica agravado e homicídio qualificado. De acordo com um despacho de 19 de junho, a mulher residia com o companheiro, em união de facto, desde março de 2016 e a relação sempre foi “conturbada por ser a arguida possessiva, controladora, manipuladora e obcecada pela vítima”.
O casal residia em Fafe e, durante o período de namoro, a alegada criminosa vigiou o Facebook e o Instagram da vítima, controlando o telemóvel da mesma e insultando-a, inclusivamente, através de mensagens de telemóvel. Sublinhe-se que a jovem “socou, arranhou, encetou discussões em locais públicos por motivos de ciúmes e enviou-lhe [ao então namorado] mensagens de forma insistente para o telemóvel, a qualquer hora do dia ou da noite, como forma de pressão psicológica”, como é possível ler numa nota publicada no site oficial da Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).
Na madrugada do dia 17 de outubro de 2017, devido ao facto de o companheiro ter congratulado uma amiga no Facebook e pretender abandonar a residência, a suspeita, pelas 4h15, “com uma faca que trouxera da cozinha, desferiu-lhe um golpe no pescoço, matando-o”.