As candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior começam esta quarta-feira e o número de vagas já é conhecido – este ano há 51 568 vagas para preencher no ensino público universitário.
Os números são semelhantes ao ano anterior, já que no ano letivo 2018-2019 haviam 51 560, menos oito vagas, comparando com o ano letivo que começa em setembro – o número contempla o concurso nacional de acesso.
Apesar de o número total de vagas ser idêntico ao ano passado, foram os institutos politécnicos que perderam mais vagas – o número caiu um ponto percentual face ao ano passado, com 44% das vagas totais fixadas no ensino politécnico. O Instituto Politécnico de Santarém é o exemplo mais claro: há menos 70 vagas do que no ano passado.
Porto volta a ganhar vagas No ano passado, universidades e politécnicos de Lisboa e Porto tiveram de abdicar de 5% das suas vagas no concurso nacional de acesso ao ensino superior. No total, Lisboa e Porto ficaram com menos 1100 lugares disponíveis – uma decisão que dividiu as instituições de ensino superior.
A medida avançou e este ano os cortes continuam, sobretudo em Lisboa. Olhando para o calendário, em 2017 Lisboa tinha 13 980 vagas disponíveis, em 2018, tinha 13 309 – menos 671 vagas – e este ano tem 13 263, ou seja, menos 46 vagas do que no ano passado. Já o Porto, este ano conseguiu mais 12 vagas.
Ainda que a redução tenha sido significativa – pelo menos em Lisboa – 41% do total de vagas estão fixadas nas áreas de Lisboa e Porto.
No entanto, é no resto do país que se verifica a maior perda de vagas. Se no ano passado Setúbal conseguiu 2 262 vagas, este ano tem apenas 633. Já os Açores e Madeira duplicaram o número de vagas.
Cursos com médias mais altas têm mais vagas Tal como já tinha sido anunciado, os cursos com médias mais altas aumentaram as vagas. Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Aeroespacial e Matemática Aplicada e Computação – os três cursos no Instituto Superior Técnico – têm agora mais nove, 12 e cinco vagas, respetivamente. Já Engenharia e Gestão Industrial e Bioengenharia – na Universidade do Porto – têm agora mais 10 e oito lugares disponíveis, respetivamente.
A medida para aumentar o número de vagas aplicou-se apenas aos cursos com média elevada e com muita procura. Em Lisboa e Porto os cortes de lugares, assegurou a tutela, mantiveram-se em cursos que existem também noutros pontos do país.