Movimento Zero concentra-se por comissário que tentou suicídio

O Movimento Zero questiona “como é alguém capaz de vir a público dizer que está tudo bem”, quando, segundo aquela organização de profissionais das forças de segurança, diz que “não, não está tudo bem”, pelo que irá assim “apoiar o camarada e os seus familiares”.

O Movimento Zero vai concentrar-se à porta do Hospital de Braga, em solidariedade com o comissário David Fernandes, da PSP de Braga, que na segunda-feira tentou o suicídio, disparando um tiro na cabeça, momentos depois de ter saído do serviço de oficial de dia.

A concentração, promovida pelo movimento que congrega milhares de profissionais da GNR e da PSP de todo o país, está marcada para esta sexta-feira, ao final da tarde, à porta do Hospital de Braga, onde está internado o comissário David Fernandes, que se encontra a recuperar, depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica de emergência, no Hospital de São João, do Porto, o que foi determinante para a melhoria do estado de saúde.

Sob o lema, “não, não está tudo bem!”, o Movimento Zero, surgido na sequência de uma série de problemas afetando profissionais das forças de segurança de primeira intervenção como são a GNR e a PSP, salienta no seu manifesto que “é lamentável o silêncio de quem nos tutela, sobre o flagelo das tentativas de suicídio nas forças de segurança”, situação que “infelizmente muitas vezes acaba na morte”, daí o apelo a esta concentração, que visa apoiar o comissário David Fernandes, da PSP de Braga, para além dos diversos familiares.

O Movimento Zero questiona “como é alguém capaz de vir a público dizer que está tudo bem”, quando, segundo aquela organização de profissionais das forças de segurança, diz que “não, não está tudo bem”, pelo que irá assim “apoiar o camarada e os seus familiares”.

O comissário David Fernandes, de 57 anos, natural e residente em Braga, é um oficial da carreira policial de base, que na sequência das suas funções profissionais, entrou em clima de depressão, desde 2015, tendo chegado a passar fases de baixa médica prolongada, mas tinha melhorado e de volta ao serviço, deixou de comandar a PSP de Guimarães, onde se começaram a manifestar os quadros depressivos, estava já a chefiar o Núcleo de Logística do Comando Distrital de Braga da PSP, mas, ultimamente, estaria de novo em depressão.