A Federação Portuguesa de Ténis (FPT) inaugurou esta semana a exposição “O Ténis em Portugal, de 1875 a 2019”, do historiador do ténis nacional, o jornalista Norberto Santos.
A exposição está no Museu Nacional do Desporto e contou com ajuda importante do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
A peça mais cobiçada é a camisola da vitória de João Sousa no Millennium Estoril Open de 2018, ainda suja de terra batida, uma consequência da efusiva celebração do melhor tenista português de todos os tempos.
O trabalho de Norberto Santos em perseguição de factos perdidos da história do ténis está permanentemente em evolução, à medida que vai descobrindo em arquivos, alfarrabistas e coleções particulares, informações desconhecidas que agora renascem.
Há quem olhe para estas investigações e só veja o que falta. Eu próprio vivi grandes eventos de ténis de nível mundial realizados em Portugal que não estão ali retratados.
Mas qualquer historiador sabe que o passado nunca pode ter totalmente resgatado e prefiro valorizar o que muito que aprendo de cada vez que visito uma das exposições do Norberto Santos. Nos últimos 12 anos já fui a várias.
A decisão de inaugurar esta exposição em julho foi certeira. Em agosto Portugal receberá pela primeira vez os Campeonatos Mundiais de Veteranos e depois acolherá a Assembleia Geral (AG) da Federação Internacional de Ténis (ITF) que votará o seu próximo Conselho de Administração (’Board’).
O presidente da FPT, Vasco Costa, é candidato a membro desse CA e a acontecer será a primeira vez que teremos uma representação tão elevada na ITF.
Vasco Costa solicitou informações ao IPDJ e embora não haja certezas absolutas, o Estado português acredita que será a primeira vez que uma federação desportiva internacional irá a votos numa AG realizada no nosso país.
Estamos, pois, perante uma série de eventos inéditos que reforçam a imagem e o peso de Portugal numa instituição que tem mais nações afiliadas do que a ONU.
Vasco Costa não perderá a oportunidade de prestigiar ainda mais a FPT, ao levar alguns delegados internacionais, bem como alguns dos melhores jogadores veteranos do mundo, a esta exposição que beneficia do enquadramento arquitetónico deslumbrante do Museu Nacional do Desporto, no Palácio Foz, em Lisboa.
E tudo isto ao mesmo tempo que João Sousa continua a fazer história. Foi o primeiro português a chegar aos oitavos de final de Wimbledon e esta semana voltou a brilhar no Open da Suécia.
Deveria ter-vos falado hoje de Wimbledon, que também foi histórico, mas fica para a semana.