Depois de Bruxelas ter rejeitado as pressões por parte dos EUA em relação à Huawei, a tecnológica chinesa veio publicamente saudar a posição da Comissão Europeia, mas pediu a este órgão europeu que não reagisse com base “em boatos”.
“Agora é mais importante do que nunca desenvolver uma abordagem comum para a segurança cibernética e, por isso, a Huawei apoia totalmente o apelo feito pela Comissão [Europeia] a todos os principais participantes para que, em conjunto, construam uma abordagem comum para combater os riscos de segurança na tecnologia 5G”, refere a Huwaei, num comunicado citado pela agência Lusa.
“Na era 5G, a confiança é essencial e deve basear-se em factos, não em sentimentos, especulações ou boatos”, salienta a empresa chinesa, saudando ainda a intenção de criar “padrões de segurança comuns para redes 5G em toda a UE”, sem que seja necessário visar “serviços ou fornecedores específicos”.
A Comissão Europeia tinha pedido aos Estados-membros que, até junho, fizessem uma uma avaliação nacional das infraestruturas da rede 5G, na qual teriam de estar incluídos os riscos técnicos e associados ao comportamento de fornecedores ou operadores, incluindo os que pudessem vir de fora da UE. Na sexta-feira, – e tendo em conta os dados prestados após esta recomendação – o comissário europeu da União da Segurança, Julian King, afirmou que serão pensadas “possíveis restrições” no mercado do 5G, rejeitando porém pressões dos EUA para excluir a Huawei. “Estamos a fazer isto porque temos de fazer, para nós, não por causa de qualquer pressão externa em qualquer direção. Não é novidade que os Estados Unidos têm opiniões fortes sobre este assunto, mas isso faz parte do contexto”, frisou.
Até outubro, será feita uma avaliação geral dos riscos na União Europeia, com o objetivo de encontrar uma solução comum para lidar com potenciais ameaças. Recorde-se que a Europa é o maior mercado da Huawei fora da China.