Ayman Aziz, um rapaz de 17 anos, levou a cabo um homicídio brutal a 11 de abril do ano passado. O adolescente esmagou a cabeça de Viktorija Sokolova, com apenas 14 anos, recorrendo a um objeto semelhante a um martelo como foi divulgado pela West Midlands Police. O cadáver da vítima foi encontrado por um cidadão que passeava o cão no dia seguinte, no West Park, em Wolverhampton, parcialmente nu.
Segundo o comunicado das autoridades britânicas, Sokolova foi contactada por aquele que viria a ser o seu assassino na noite de 10 de abril via Facebook. O par encontrou-se num pavilhão conhecido por “casa preta” onde a menina foi espancada, no crânio, pelo menos 21 vezes e ficou com variadas fraturas na cabeça e na coluna. Em dezembro, a mãe da ofendida descreveu-a como “única” e, em lágrimas, explicou à BBC News que lhe custa imaginar a degradação a que a filha foi exposta. A verdade é que, depois de ser violada e agredida, a adolescente foi arrastada cerca de 137 metros até um banco. Sublinhe-se que, perante o júri, Aziz disse sempre que teve relações sexuais consensuais com Sokolova e que esta estava “viva e bem” quando ele a deixou e regressou a casa.
Contudo, Aziz foi apanhado em gravações de câmeras de vigilância a deitar a roupa que usou, durante as agressões, ao lixo e a apagar as mensagens trocadas com a jovem. Minutos depois, é possível ver que o rapaz deitou o telemóvel da vítima para dentro de um lago. Jeremy Baker, do Supremo Tribunal de Inglaterra e Wales, esclareceu que o rapaz cometeu um “ataque verdadeiramente chocante contra uma rapariga indefesa e vulnerável” depois de visualizar vídeos pornográficos e fazer pesquisas duvidosas na Internet. Nas horas que se seguiram ao crime, Aziz utilizou o telemóvel do irmão para procurar respostas a perguntas como “Como apagar a minha conta do Facebook de forma permanente?”.
Num texto lido em tribunal, Karolina Valantiniene, progenitora da vítima mortal, avançou que a filha tinha “muitos planos bonitos para o futuro” como aprender a conduzir, terminar o Ensino Secundário e que já lhe tinha pedido que comprasse um vestido para o seu baile de finalistas. Já a inspetora Caroline Corfield, da unidade de homicídios da West Mercia Police, adiantou que “o homicídio de Viktorija chocou a comunidade local e o público em geral, principalmente, pela idade dos envolvidos” e que “Sokolova estava a testar os limites como os outros adolescentes mas era popular e recebia amor e apoio dos familiares e amigos”.
De acordo com a sentença proferida pelo tribunal da cidade anteriormente referida, o rapaz terá de cumprir o mínimo de 19 anos de prisão, apesar de nunca ter admitido a concretização dos factos criminosos. Contudo, esta quinta-feira, Aziz foi condenado a mais dez anos atrás das grades pelo crime de abuso sexual.