A China afirmou que os protestos contra o Governo em Hong Kong tornaram-se num "sério desafio ao Estado de Direito", reiterando o seu apoio a Carrie Lam, chefe do Executivo da cidade, e à polícia local.
O território semi-autónomo tem sido abalado por oito semanas consecutivas de protestos que começaram com a oposição da população à lei de extradição. O movimento transformou-se num protesto mais amplo, contra o Governo apoiado por Pequim, contra violência policial e à crescente intromissão de Pequim.
No domingo, a polícia disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogéneo novamente, para impedir que os manifestantes avançassem para o edifício de representação da China em Hon Kong, deixando quase três dezenas de feridos.
Um representante chinês, Yang Guang, disse que os actos de uma minoria "radical" estavam a ameaçar os "interesses, a estabilidade e prosperidade de Hong Kong". Yang acrescentou ainda que o Governo semi-autónomo pretende "punir os atos violentos e contra a lei". O representante chinês insinuou, ao mesmo tempo, que alguns políticos ocidentais estavam agitar a situação para criar dificuldades ao desenvolvimento da China. Yang, no entanto, não nomeou nenhum indivíduo ou país.