Mulher mata filho de dois anos ao envenená-lo com doses letais de Vicodin e Benadryl

Os medicamentos foram colocados no biberão do menino

Jennifer Clarey, de 43 anos, sempre padeceu de distúrbios psicológicos. Residente em Tullytown, no estado norte-americano da Pensilvânia, a mulher não trabalha há mais de vinte anos porque sofreu um grave acidente de viação que a deixou com sequelas no pescoço. No verão de 2018, estava endividada e prestes a ser despejada do apartamento em que vivia. No entanto, nada faria prever que mataria o filho, o pequeno Mazikeen Curtis, de dois anos.

No dia 25 de agosto do ano passado, Clarey misturou uma garrafa de Benadryl (anti-histamínico) e aproximadamente 120 cápsulas de Vicodin (analgésico usado para aliviar dores agudas) com um líquido desconhecido. Colocou o veneno no biberão do filho e o mesmo morreu de overdose. Escondeu as provas do crime, contudo, a polícia de Bucks County encontrou uma receita de Vicodin que lhe havia sido prescrita bem como a garrafa de Benadryl totalmente vazia. Um mês depois, Clarey foi detida e acusada dos crimes de homicídio e de o facto de ter colocado em risco a vida de um menor.

Sublinhe-se que a mulher foi encontrada, segundo o NBC Philadelphia, repleta de sangue e com cortes autoinfligidos nos pulsos quando as autoridades se deslocaram à Lovett Avenue e aperceberam-se de que Curtis estava totalmente inconsciente. A polícia havia recebido o contacto de uma assistente social que se encontrava preocupada com o menino pois tinha a informação de que a mãe estava a ter "um comportamento errático". Num comunicado da força de segurança estatal, pode ler-se: "A criança não mostrava quaisquer sinais de vida, estava rígida e fria". 

O procurador Matt Weintraub, presente no julgamento, explicou que Clarey matou o filho "de forma maliciosa" até porque o mesmo esteve morto durante várias horas "antes de qualquer ajuda ter chegado". Weintraub esclareceu que, para além da crueldade, a quadragenária mostrou ser "negligente" sendo que "este caso é simples: isto foi um assassinato".

De acordo com o site Penn Live, na última terça-feira, a homicida foi condenada a cumprir entre 25 e 50 anos de prisão. "Estava lá para proteger esta criança e, ao invés disso, foi imprudente, descuidada e egoísta. Sim, porque retirou a vida ao seu filho antes que ele tivesse oportunidade de experienciar tudo aquilo que o mundo tem para lhe oferecer" afirmou o juiz Clyde W. Waite, acrescentando que "isto não pode ser aceite numa sociedade civilizada".