Cerca de 27 menores, dos 29 que viajam a bordo do navio humanitário Open Arms, receberam “com desagrado” a autorização da parte de Salvini para desembarcarem na ilha de Lampedusa, em Itália. O navio navega há mais de 16 dias no mar, com cerca de 134 migrantes a bordo, dos quais muitos se encontram a precisar de assistência médica.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, enviou uma carta de três páginas a Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga, pedindo autorização para o desembarque dos menores. "Autorizo o desembarque dos menores com desagrado”, afirmou Matteo Salvini numa nota citada pelo diário La Repubblica. "A escolha é exclusivamente do primeiro-ministro e pressupõe um precedente perigoso”, acrescentou. O chefe da Liga ressalvou ainda estar à espera do resultado do recurso aberto contra a entrada do navio em águas italianas e espera ter novidades “segunda-feira”
O fundador da ONG espanhola pediu tempo para comunicar a decisão do primeiro-ministro às pessoas a bordo, visto recear um motim quando grande parte dos migrantes perceber que não pode desembarcar em Itália. Óscar Camps já alertou, através da conta oficial de Twitter, que a situação no navio humanitário está “fora de controlo” e que os voluntários já não conseguem “garantir a segurança dos migrantes.
Já 12 pessoas foram retiradas do navio por necessitarem de assistência médica urgente, permanecendo no navio 134 migrantes e 19 voluntários.
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