O rendimento per capita das famílias na zona euro acelerou 0,7% no primeiro trimestre, contra os 0,4% nos três meses anteriores. Os dados foram revelados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Segundo o organismo, o rendimento das famílias espelha melhor as mudanças no bem-estar económico das famílias do que o crescimento do produto interno bruto (PIB) per capita. Isto significa que o bem-estar das famílias está a melhorar mais do que a análise da produção interna bruta das respetivas economias poderia indiciar.
De acordo com os dados, nos Estados Unidos e Canadá, o crescimento do rendimento das famílias acelerou para 0,9% no primeiro trimestre, enquanto em França abrandou 0,8% (1,1% no trimestre anterior).
Entre as grandes economias da zona euro, Itália, que agora atravessa uma difícil crise política, destaca-se pela positiva. O rendimento per capita das famílias registou um crescimento real de 0,5%, depois de ter contraído 0,4% no final de 2018. Já na Alemanha, a subida do rendimento per capita das famílias foi de 0,6%, uma décima abaixo do que tinha sido conseguido no último trimestre do ano passado.
Por seu lado, o Reino Unido registou um aumento de 0,3% do rendimento per capita, contra os anteriores 0,6%, uma décima abaixo do que tinha sido conseguido no último trimestre do ano passado.
Nos últimos dois anos, segundo a OCDE, em média, o crescimento do rendimento real per capita das famílias das economias da OCDE ultrapassou o crescimento do PIB per capita em 0,7 pontos percentuais, tendo a diferença sido mais relevante no Reino Unido e no Canadá. Contudo, numa análise mais alargada, desde o início de 2010 verifica-se que o PIB per capita cresceu mais depressa nas sete maiores economias, com o Reino Unido e os Estados Unidos a evidenciarem as maiores diferenças.