Shane Baldwin, de 31 anos, residente em Chatham – uma localidade no norte de Kent, em Inglaterra – está acusado de ter abusado sexualmente de uma mulher depois de uma saída à noite. De acordo com as autoridades, o vendedor alegadamente violou-a após convidá-la para ir até sua casa, no entanto, este negou as acusações e inicialmente afirmou que não teve relações sexuais por "medo de perder a namorada".
Mais tarde, mudou o seu depoimento: "Fiquei assustado. Não queria perder a minha namorada. Não queria que ela soubesse que fiz sexo com outra mulher. Menti à polícia porque fui estúpido", justificou, citado pelo Daily Mail, sendo que o crime remonta a maio de 2017. A vítima e o agressor terão bebido rum e vodca em quantidade durante a noite, até que acabaram por "dançar e flirtar" um com o outro, segundo as alegações proferidas no julgamento, que teve início esta sexta-feira.
"Foram de Uber até à casa de Baldwin. Pouco depois das 5h, a vítima acordou quando estava a ser violada e o homem pediu-lhe que ficasse calada", escreve o mesmo jornal britânico.
A alegada vítima abandonou o local em lágrimas e terá ido apresentar queixa às autoridades que detiveram o suspeito três horas depois.
Durante a investigação do caso e quando confrontado com a presença de ADN seu na roupa que a alegada vítima vestia, Shane Baldwin respondeu: "Caí em cima dela". Sendo que a afirmação foi categoricamente desmentida por especialista forenses, que disseram ser "cientificamente impossível" a transferência de material genético ter ocorrido assim.
Perante a garantia dos especialistas, o suspeito foi obrigado a reconsiderar a sua justificação, e sublinhou que estava bêbedo e que ao andar pela casa, envolta em escuridão, caiu em cima da vítima, que, segundo Baldwin, começou a tocar nele "antes de o despir por debaixo do edredão".
Baldwin foi questionado em tribunal sobre o motivo da violação, mas este continua a negar o crime, garantindo que se tratou de um ato consensual, explicado apenas "pelo calor do momento".
A mulher que o acusa manteve sempre a mesma versão: "Ele estava a tentar que eu não acordasse. Fui para a casa de banho chorar". E fez questão de sublinhar: "Não foi consensual, sei perfeitamente aquilo que me aconteceu".
O julgamento prossegue no Tribunal de Maidstone.