O sucesso sempre foi algo ambicionado por todos nos mais diferentes parâmetros da nossa vida.
Hoje em dia vivemos claremente numa era em que os egos estão ao rubro e o sucesso não só é desejado como é alvo de partilha, de afirmação pessoal e social e de estatuto.
Nada de novo mas muito potenciado com o boom das redes sociais e o garu de exposição das pessoas não só na privacidade, mas junto de todo um ‘mundo em geral.’.
Com as redes sociais é vulgar perceber que anda tudo atrás dos mais bem sucedidos na aparência, na profissão, na família, nos amigos, nas casas, nas viagens. Uma obesessão que gera muitas vezes mixed feelings, oscilando entre admirar e a aspirar a esse sucesso e dizer mal ou implicar pelo facto de não o termos atingido..
As marcas vivem este fenómeno também e a mesma obsessão com o sucesso.
Recentemente foi publicado um artigo sobre a temática por Mike Rocha, Managing Director of Brand Economics da Interbrand com base no seu estudo anual Best Global Brands.
Um estudo que é feito desde 2000 e que tem vindo a mostrar como marcas como a Nike, Hermés, Gucci, Google, Amazon Netflix ou Louis Vuitton garantem este lugar.
Há 4 factores definidos neste documento que nos ajudam a perceber como se pode construir este sucesso.
Desde logo ser distintivamente ‘único’ desenvolvendo uma forte identidade de marca, seja ela visual ou de posicionamento. Ter coragem , arriscar, inovar são chavões que assentam como uma luva nas marcas de sucesso.
Por outro lado, criar produtos que resolvem os problemas dos consumidores é mandatório, evitando a tão comum frustração na relação com as marcas. Este é um desafio muito grande porque a relevância das marcas é muitas vezes posta em causa e garantir que estamo no top e nos enquadramos minimamente no mundo das love brands é o caminho.
Outro dos factores intrinsecamente ligados ao sucesso é o talento.
Parece óbvio mas aqui levamos o talento mais longe. Falamos de valorização e da capacidade de reter esse talento e de perceber que o primeiro público das empresas são os colaboradores. Falar com eles e torná-los embaixadores da marca onde trabalham é factor determinante para o sucesso. É nesta capacidade de envolvimento que as marcas se conseguem muitas vezes destacar, melhorar a sua história e trilhar um caminho de sucesso.
A estes quatro factores acrescentam-se muitos outros que vão do funcional ao emocional e que não descuram a missão da marca em pleno. Mais do que percebermos a cabeça dos consumidores e nos munirmos de data para dar resposta às suas necessidades e assim melhorarmos a performance das marcas, é no coração deles que temos que estar.
Porque é aí que conseguiremos construir melhores marcas, para a vida e com uma história que nos toca e nos faz seguir o seu percurso com toda a atenção.
Demasiado emocional esta conclusão? Talvez, mas o sucesso muitas vezes vai muito além do factual. Afinal de contas somos todos humanos. Humanos em busca do sucesso.
*Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment