Depois de esta terça-feira Ursula von der Leyen ter tornado pública a atribuição das pastas a todos os 26 novos comissários europeus, as reações partidárias não tardaram a chegar, após a notícia de que a pasta de Coesão e Reformas estava atribuída à ex ministra do Ambiente.
António Costa não deixou de salientar a importância da pasta atribuída a Elisa Ferreira. O primeiro-ministro acredita que para além de ser uma área muito significativa para Portugal, a pasta “está ao nível da nossa comissária”. Acrescenta ainda que este cargo dará para gerir dois fundos com elevada importância, sendo estes a FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e o Fundo de Coesão. António Costa não deixa de lembrar que “temos todas as razões para estar satisfeitos” com esta escolha, tendo assim sido criada a oportunidade para que Portugal possa dar um contributo a nível europeu.
Por outro lado, e apesar de não tirar importância à pasta atribuída, Paulo Rangel estava à espera de mais. Se não tem dúvidas quanto à total competência de Elisa Ferreira, questiona-se acerca das vantagens que esta pasta trará para Portugal. Sentindo-se “desencantado” com esta atribuição, Rangel não hesitou em responder às suas próprias questões. “Vai ter que ter uma posição arbitral”, afirmou à TSF – acrescentando ainda que não faltam capacidades para uma vice-presidência.
Também José Gusmão não coloca as competências da comissária em causa. O que preocupa o eurodeputado do Bloco de Esquerda é a interferência que Ursula von der Leyen possa vir a ter em assuntos de território nacional. “Se a intenção da presidente da Comissão for começar a racionar os fundos de coesão em função do tipo de reformas que são implementadas pelos vários Governos, o que esperamos de Elisa Ferreira é que se oponha a esse projeto”.
O presidente do Governo dos Açores acrescenta que a nova comissária “é a mulher certa, no lugar certo” e dá os parabéns também ao governo português “pela forma como conduziu este processo”.