Portugal foi considerado o melhor destino turístico para pessoas que apresentam necessidades específicas, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). O prémio “Destino Turístico Acessível 2019” distinguiu o país esta terça-feira em São Petersburgo, na Rússia, na 23ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Turismo.
Este prémio foi entregue a Portugal devido a várias iniciativas com que o país conta, como o programa “Praia Acessível”, que facilita o acesso a mais de 200 praias a pessoas com mobilidade reduzida e o programa “Festivais + Acessíveis”, que dá a oportunidade a pessoas com necessidades específicas de apreciar o espetáculo de forma confortável.
Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, mostrou-se muito satisfeita com o protagonismo dado ao país e sublinha que ganhar este prémio é um incentivo para Portugal "tornar-se o destino mais inclusivo do mundo". “Esta é uma questão de cidadania e este é também um segmento muito importante no Turismo mundial. Ainda há muito a fazer. Quem perde esta carruagem perde o comboio”, acrescentou.
O programa “All for All”, lançado em 2016, que cria roteiros acessíveis em todo o país para pessoas que apresentam dificuldades de mobilidade, a aplicação portuguesa “Tur4All” que lista vários restaurantes e hotéis preparados para receber pessoas com necessidades específicas, e o facto das Escolas de Turismo terem passado a incluir nos últimos anos cadeiras dedicadas ao turismo acessível foram alguns dos fatores que contribuiram para a atribuição deste prémio a Portugal.
A Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, comentou o feito e diz que este é "o reconhecimento de um trabalho sólido e estruturado que Portugal tem estado a realizar em matéria de promoção de mais e melhor acessibilidades para todos”.
Na sua opinião, o Governo atual "tem dado passos seguros no sentido de transformar Portugal num verdadeiro país inclusivo. É um caminho sem retorno, pois a isso nos obrigam todos aqueles para quem trabalhamos, sejam eles pessoas com deficiência ou condicionadas na sua mobilidade”, declarou.