Mais de metade dos 199 jihadistas condenados desde 2015 vão ser libertados. Os dados constam de um relatório elaborado pela Globsec intitulado “Jihad europeia: futuro do passado?”. O documento que está disponível desde terça-feira baseia-se nos dados de 326 pessoas acusadas de atos terroristas, com ligaçãos ao daesh, identificados desde 2015.
A maioria foi presa, 50 morreram em onze países da União Europeia e 39 foram expulsos de algum país devido a ligações terroristas. Da amostra analisada, 38 são procurados pelas autoridades europeias.
O documento deixa claro que “a Europa não venceu a guerra contra o terrorismo” e “a jihad europeia envolve um número significativo de indivíduos que tiveram longas carreiras terroristas e cometeram vários crimes”. O relatório acrescenta ainda que os indivíduos em causa "provavelmente continuarão a fazê-lo após a libertação".
"Das 199 pessoas do nosso painel que foram condenadas por terrorismo, 57% serão libertadas da prisão antes do final de 2023. E 45 já foram, depois de serem condenadas a sentenças curtas", pode ler-se.
Dos jihadistas condenados desde 2015, já foram libertados 45. É esperado que nos próximos quatro anos sejam libertados cerca de 88
A organização alerta ainda para o facto de as autoridades terem que “lidar com os seus casos individualmente”.
O relatório desmistifica ainda a ideia de que as mulheres pertencentes à jihad sejam apenas “noivas de jihadistas”, dando alguns exemplos acerca da propaganda e planos de recrutamento feminino.