A uma semana das eleições regionais na Madeira, com as últimas sondagens a apontarem para um empate técnico entre o PS e o PSD, o candidato dos socialistas, Paulo Cafôfo, disse estar disponível para formar uma geringonça que permita mudar as cores políticas do arquipélago, que desde o 25 de abril é governado pelo PSD.
“Veremos no dia 22 qual o cenário político que irá apresentar-se. Estou sempre disponível, com os diversos partidos, para dialogar e chegar a um acordo parlamentar com aqueles que estejam alinhados com os compromissos do PS e que também possam garantir uma estabilidade política”, avançou o cabeça-de-lista do PS, no sábado, quando questionado pelos jornalistas sobre a formação de uma possível geringonça no Governo Regional, durante uma ação de campanha no Funchal.
No entanto, ontem, o ex-autarca acrescentou que não excluía fazer um acordo pós-eleitoral com qualquer força política, incluindo o CDS, desde que não fosse o PSD. Ainda assim, Paulo Cafôfo disse-se confiante de que ia ganhar as eleições marcadas para dia 22 de setembro.
Confrontada também com a hipótese de uma geringonça, Catarina Martins afirmou que “o BE está disponível para todas as soluções exigentes que puxam pela vida das pessoas”. A líder bloquista reforçou ainda que é preciso uma solução “que afaste o PSD e que possa responder pelas pessoas”, declarando que o partido “não faltará a essa solução exigente”, concluiu a dirigente durante uma visita à região autónoma.
O CDS já se insurgiu contra a formação de um possível acordo pós-eleitoral dos “partidos de esquerda”. “Não vou permitir que isso [geringonça] aconteça na Madeira”, asseverou Rui Barreto, cabeça-de-lista do CDS. Durante um almoço-convívio no Funchal, o centrista apelou ao voto da população no partido para “impedir” que Lisboa transforme a sociedade madeirense.