Santana Lopes elegeu três causas nacionais para o período da pré-campanha: o mar, a ferrovia e a floresta. O líder da Aliança (fotografado pelo SOL, na quarta-feira, no Rio Tejo) dedicou o dia 11 de setembro ao mar, para chamar a atenção e frisar que «Portugal ainda não abraçou a sério a sua ligação ao mar».
Ao SOL, a bordo de um veleiro em que não teve medo de assumir o leme (lembrando os tempos em que o ‘Timoneiro’ era outro, Cavaco Silva), o cabeça-de-lista por Lisboa disse que «o contributo que o mar pode trazer para o crescimento da economia é decisivo». O Aliança já tinha dedicado um dia à ferrovia e na próxima semana vai andar pelo país a alertar para os problemas da floresta.
Santana está otimista e acredita que o Aliança vai eleger, pelo menos, dois ou três deputados. «As pessoas têm noção que eu e o Aliança podemos ser uma voz de oposição e intervenção política forte no parlamento nos próximos quatro anos e talvez não esperam isso dos partidos tradicionais do centro direita, especialmente do maior». O fundador do Aliança garante que tem ouvido muitos eleitores do PSD a confessarem que vão votar Aliança: «Algumas pessoas que ainda são militantes de outro partido dizem-me: desta vez vou votar na Aliança. Não sou capaz de votar no meu partido como ele está’.
O Aliança concorre pela primeira vez nas legislativas e estreou-se nas europeias com 1,86%, o que corresponde a quase 62 mil votos. Não conseguiu eleger nenhum eurodeputado, mas foi o partido mais votado a seguir ao PAN.