Rosa Grilo está a ser ouvida em tribunal esta terça-feira, dia 17, no caso do homicídio do marido, Luís Grilo, crime do qual é suspeita juntamente com o amante António Joaquim. A advogada de Rosa Grilo, Tânia Reis, falou com os jornalistas presentes durante a pausa para almoço e confessou que a arguida está "cansada" e "agastada" devido a todo o processo do tribunal.
Durante a sessão, a suspeita foi repreendida pelo juiz por se estar a rir, algo que a advogada diz compreender. “Por vezes as pessoas quando estão nervosas… penso que o tribunal também compreende o porquê de ela estar a sorrir. É um tique nervoso que a pessoa tem”, justificou.
Depois de a mulher ter dito, durante a sessão, estar arrependida de algumas coisas que fez, Tânia Reis deu a sua opinião e disse que "provavelmente" Rosa Grilo estava a falar sobre o sequestro. “Está a referir-se se calhar quando ela disse que se tivesse conseguido sair com o Renato [filho], que teria saído de casa. E que se fosse agora teria reagido de outra forma. É natural. Uma pessoa quando está sob sequestro às vezes tem atitudes que poderiam ter sido outras”, sublinhou.
Quando questionada sobre o facto de a arguida ter mantido o contacto com os seus clientes e com qualquer pessoa que a contactasse durante o tempo em que, alegadamente, se encontrava sob sequestro, a advogada defende-a, afirmando que esta estava coagida a agir com "normalidade" por parte dos sequestradores, com o intuito de não haver nenhuma desconfiança de que algo se passava.
Tânia Reis diz acreditar que o testemunho de António Joaquim vai mudar muito a situação atual da arguida e sublinha que “ainda agora estamos no início do julgamento”.