O ministro da Defesa Nacional disse esta terça-feira que os militares portugueses vão estar presentes na República Centro-Africana “mais alguns anos”, de forma a apoiar o processo de estabilização e consolidação das Forças Armadas naquele país. “Não estaremos seguramente durante muito e muitos anos”, garante João Gomes Cravinho.
Logo após o final da reunião com a ministra da Defesa e da Reconstituição do Exército da República Centro-Africana, Marie-Noëlle Koyara, João Gomes Cravinho sublinhou a importância dos militares portugueses no país da África Central. A presença portuguesa “vai fazer a diferença para que a RCA possa corresponder plenamente às suas próprias necessidades com Forças Armadas sólidas, bem formadas e capazes de garantir a soberania”, acrescenta.
Desde 2017 que Portugal está presente na RCA, devido ao facto de fazer parte de uma força internacional coordenada pelas Nações Unidas. Essa força de reação rápida, ao abrigo da ONU, tem por objetivo estabilizar o país, que está em conflito desde 2013.
Na semana passada, a 6.ª Força Nacional foi destacada ao serviço das Nações Unidas e partiu para a RCA, onde o governo controla apenas um quinto do território. O resto é ocupado por várias milícias.
Para além dos militares enviados a semana passada, cuja missão terá a duração de seis meses, Portugal tem cerca de 30 outros destacados na RCA ao abrigo de uma missão de formação da União Europeia.