O quarto dia de campanha eleitoral serviu para os partidos esgrimirem argumentos e apresentarem algumas bandeiras. Rui Rio, esteve ontem no Sul, em Beja, onde arriscou um contacto de rua. O presidente do PSD desvaloriza sondagens, mas assegurou: “Estamos a subir! Tenho a certeza”, disse, citado pela Lusa.
Pela manhã, Rio participou no Fórum TSF onde respondeu a perguntas e não teve problemas em chamar “hipócritas” a críticos internos que “no último dia aparecem a apoiar”. O líder laranja não especificou nomes, mas não deixou o assunto passar em branco.
Hoje o presidente do PSD divide a agenda entre Santarém e Leiria. Neste último ponto há uma sessão de perguntas (talks) que Rio escolheu em detrimento de jantares-comício. Para o efeito, o presidente do PSD convidou Henrique Neto, empresário e antigo militante do PS, para participar no evento. Ao i o empresário Henrique Neto diz que não se pode fazer uma leitura de aproximação ao PSD. “Não pode”, respondeu, lembrando que já participou também em debates com o Nós Cidadãos.
“Tenho participado em várias iniciativas de partidos sempre que me convidam, para ajudar as perceber melhor as opções que temos, à exceção do PS, de que sou crítico”. O empresário não revelou em quem vai votar nas legislativas de 6 de outubro.
Henrique Neto vai responder a perguntas com Rui Rio num distrito em que os convites da cabeça-de-lista, Margarida Balseiro Lopes, (a vários críticos da direção) para participar na campanha causaram incómodo. Rio vai lá estar e aparentemente não há ressentimentos.
Numa segunda arruada do dia, em Évora, Rio voltou a criticar Mário Centeno pelas afirmações feitas de véspera sobre contas certas. Antes do ministro ter nascido “para política”, já Rio lutava pelo rigor nas contas públicas. O tema veio para ficar na campanha.
Já o primeiro-ministro, António Costa, por exemplo, prometeu que, se se mantiver no poder, vai acabar com as quotas “absurdas”de entrada de imigrantes, definidas com a fixação de “contingentes laborais, tendo em vista a concessão de autorizações de entrada e de residência”.
Mais, Portugal pode definir acordos bilaterais de livre circulação com cada um dos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), caso não haja um consenso geral para o efeito dentro da comunidade.
As promessas foram feitas num almoço com a Associação Cabo Verdiana de Lisboa. Hoje, o líder do PS faz a primeira arruada em período oficial de campanha, em Moscavide.
Jerónimo de Sousa, da CDU, começou ontem a agenda numa exploração agrícola, em Arcos de Valdevez, e terminou em Vila Nova de Gaia. No dia em que PCP, PEV e BE entregaram o pedido de fiscalização sucessiva no Tribunal Constitucional contra as alterações na legislação laboral, o líder comunista desejou, citado pela Lusa, a “celeridade necessária para corrigir aquilo que é uma injustiça social e, simultaneamente, uma inconstitucionalidade”.