As sondagens à boca da urna dão a vitória ao Partido do Povo (OVP) com 37% dos votos, nas eleições legislativas austríacas deste domingo. Ao que tudo indica, não foi afetado pelo escândalo de corrupção do seu antigo parceiro de coligação de extrema-direita, o Partido da Liberdade (FPO), que ao contrário deste, reduziu o seu número de votos por um terço.
O anterior Executivo caiu, em maio, por causa do Ibizagate, quando foram divulgadas filmagens onde mostravam o antigo líder da FPO, Hein-Christian Strache, a oferecer contratos lucrativos a uma mulher que acreditava ser sobrinha de um magnata russo.
Na sequência deste escândalo, Kurz tornou-se no primeiro chanceler austríaco a ser deposto por uma moção de censura, liderada pelos sociais-democratas. Com a queda de Kurz, o Presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, nomeou um Governo de tecnocratas para gerir o país.
Se a FPO saiu prejudicada, o mesmo se pode dizer dos sociais-democratas, em segundo lugar, mas apenas com 21,7% dos votos, o pior resultado na história da formação de centro-esquerda, saindo prejudicados pela moção de censura apresentada pelos próprios. Por outro lado, os Verdes melhoraram o seu resultado, crescendo para 14% dos votos, tal como os liberais, que obtiveram quase 8%.
Confirmando-se estas projeções, Kurz, com 33 anos, poderá escolher com quem deseja governar: reeditar um bloco central com os sociais-democratas; formar novo Executivo com a extrema-direita; fazer um Governo a três juntamente com os verdes e os liberais.