Segundo Jorge Vilela, “estavam elementos da Junta de Freguesia, afeta ao CDS, à porta do edifício, a Escola do Ensino Básico de Maximinos, na Rua do Comendador António Santos da Cunha, a “receber e encaminhar” quem lá chegava, “tendo mesmo visto casos em que tiraram das mãos os cartões de cidadão dos eleitores e depois os acompanharam até às urnas”.
“Eu apresentei primeiro um voto oral, em que pedi ao senhor presidente da Junta que não continuasse a ter aquela atitude, que é recorrente, e que ia além dos serviços a que os elementos da junta estão adstritos. Como ele continuou, liguei para a Comissão Nacional de Eleições (CNE) que me disse para apresentar um protesto por escrito”, explicou Jorge Vilela, o delegado do Bloco de Esquerda.
Segundo o delegado àquela mesa de assembleia de voto, “o presidente sabe que a presença dele ali tem um efeito, é natural que o tenha, pelo que ele não devia ter este tipo de comportamentos”.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso (nesta foto), tais acusações “são inqualificáveis e apenas podem ser feitas por quem não conhece a realidade”, tendo em conta as “alterações de mesas e locais” neste ato eleitoral.
Luís Pedroso, anterior candidato socialista e no atual mandato eleito pela coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), afirmou aos jornalistas “saber bem o lugar que ocupo, eu estava a encaminhar os eleitores para as respetivas meses e secções corretas, alguns dos nossos eleitores já têm idade, não sabiam que basta o cartão de cidadão e estavam como que perdidos”.
Segundo o mesmo autarca, “numa altura em que a democracia está já consolidada pensar que a presença de alguém vai condicionar o voto de um eleitor só pode vir de alguém que não conhece a realidade”.