Pedro Santana Lopes não conseguiu eleger nenhum deputado para a Assembleia da República e assumiu a derrota. “Correu mal. É uma derrota”, disse.
O líder da Aliança agradeceu o empenhamento dos militantes e o “modo como combateram pelo país todo” e assumiu a responsabilidade da derrota. “A responsabilidade é minha. O facto é que correu mal. O resultado é negativo e é essa a realidade política. É uma derrota política”.
Apesar da derrota, Santana Lopes não “tem pena nenhuma” do caminho que seguiu, ao deixar o partido “que foi a sua vida” até há um ano.
O líder do Aliança acrescentou ainda que “não pertence ao grupo daqueles que, na noite das eleições, têm sempre uma maneira de pintar a sua derrota e transformá-la em vitória” e que um “partido político é sempre uma maratona”.
O líder que sonhou com um “grupo parlamentar” nestas legislativas, garantiu, na sede do partido, que não havia nenhuma injustiça nos resultados. “Há votos. E os votos exprimem aquela que é a vontade popular”.
O facto de não ter obtido representação parlamentar é para Santana Lopes uma derrota, que se justifica pelo facto de o Aliança não garantir “logo à partida um determinado número de eleitores”. As características generalistas do partido, que no próximo dia 19 celebra um ano, dificultam, a seu ver, a obtenção de bons resultados, em contraste com “aqueles que tenham as causas mais identificadas”.
Santana Lopes garante que agora não é altura de o partido se queixar, mas sim de fazer um balanço. Assumindo a responsabilidade do resultado que “a Aliança teve e do que não teve”.
O líder do partido sublinhou que, como cidadão português e interessado pela política, a demissão de Assunção Cristas “teve um sabor a muita injustiça. Mas a vida é assim”.
Santana Lopes admitiu que, se liderasse um partido com trinta ou quarenta anos, teria hoje tido a mesma atitude, mas, tendo em conta que o Aliança está no início, Santana Lopes diz “estar ao dispor” do partido. “Mas também ao dispor para sair”. Santana Lopes não se desmarca dessa “responsabilidade”, se o partido assim decidir e relembra o Cidadanos, o partido político que “só à quarta eleição conseguiu ultrapassar os 2%”.
Garantido ainda que o partido vai continuar, o fundador do Aliança disse que agora é hora de se virar para as eleições autárquicas e para um público mais jovem. “Ter sorte em política é fazer bem ao seu povo”.