Naquela freguesia do distrito de Braga registaram-se 479 votos nulos, o que equivale a 48,68%, levando o presidente da autarquia local, Fernando Miranda, a considerar que “o “nulo foi, de longe, o grande vencedor” das eleições autárquicas.
Dos 1.545 eleitores inscritos, foram às urnas 985 e além dos 479 votos nulos, houve 28 brancos, sendo que o PSD obteve 205 votos, o PS 184, o BE 30, o CDS 20 e o PAN 15, enquanto a CDU e o Chega tiveram cinco votos cada um, Iniciativa Liberal e R.I.R quatro cada um e Juntos Pelo Povo dois. Aliança, PCTP/MRPP, PPM e PURP conseguiram um voto cada um.
Ainda segundo o mesmo autarca, “é um claro não à linha de muito alta tensão e um forte alento para continuarmos na luta contra essa séria ameaça à saúde e à qualidade de vida dos habitantes da freguesia de Perelhal”.
No domingo logo de manhã cedo, os três portões que dão acesso à assembleia de voto em Perelhal estavam fechados a cadeado, só que o espaço foi aberto “a tempos e horas”, permitindo a abertura das urnas dentro da hora prevista, graças à intervenção da Guarda Nacional Republicana.
Ainda antes das eleições, decorreu em Perelhal, Barcelos, um apelo ao voto nulo, em forma de protesto contra uma linha de muito alta tensão que deverá passar pelo centro da freguesia.