“Unir as Direitas”, foi o desafio lançado pelo presidente da Juventude Popular de Braga, Francisco Mota, com a apresentação do manifesto “Uma Visão de Direita de Braga para Portugal”, tendo afirmado o jovem político centrista “não ser possível construir políticas novas, com políticos velhos, é necessária uma nova aragem para os corredores do poder”.
“Tomar o conhecimento como maior argumento político do nosso tempo reconhece uma visão destinta de encarar os desafios presentes, é preciso reforçar laços com a comunidade civil, apontando baterias rumo ao amanhã, focando esforços num futuro que se quer próximo”, diz Francisco Mota, conselheiro nacional do CDS/PP e vice-presidente da JP.
“Sendo certo que já mais nos esqueceremos de onde vimos e para onde queremos ir, na certeza que não entramos nos experimentalismos modernos nem aritméticas ideológicas, porque o conservador não se dedica a corrigir a natureza humana, procura compreender o funcionamento das sociedades e arranjar o espaço necessário para que funcionem com êxito”, referiu perante uma plateia, no auditório do Museu D. Diogo de Sousa, em Braga.
Segundo Francisco Mota, que também é vice-presidente nacional da JP, “este momento que aqui surge hoje não é por acaso, sabíamos de antemão que as escolhas feitas poderiam irromper num resultado catastrófico”, dizendo que “o CDS e a direita vivem um momento difícil, mas que podemos encarar como uma oportunidade e de esperança por que como diria o saudoso Adelino Amaro da Costa, ‘a juventude não é instalada’ e ‘não é possível construir- políticas novas, com políticos velhos, é assim necessária uma nova aragem nos corredores do poder”, declarou perante minhotos oriundos de várias tendências políticas.
Francisco Mota referiu que “a consolidação de uma extrema-esquerda é consequência de uma direita vendida ao politicamente correto, sem discurso e sem causas conhecidas, pelo que eu não sei qual o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar a toda a gente e este tem sido o grande erro da direita, que tem procurado ocupar um lugar que não é o seu, esquecendo-se de onde vem e para onde deveria ir, acabando por não ocupar lugar algum”, como afirmou Francisco Mota, ao longo da sua intervenção política.
“Não tenham receio de dizer que são de direita. Combatamos o socialismo que afirma que um tipo de extrema-esquerda é um intelectual, mas um tipo do CDS ou de direita é um fascista”, acrescentou Francisco Mota, preconizando que “precisamos de afirmar a direita em Portugal, colocar na agenda a visão de um país moderno, desenvolvido e liberto das amarras do Estado”, apontando para um modelo já condizente com a matriz do CDS/PP.
“Necessitamos de unir as direitas, de eliminar a tentação de dividir, porque é possível congregar, sem afastar, conviver sem dividir, somos democratas cristãos, conservadores e liberais”, destacou Francisco Mota, na apresentação pública do seu manifesto político.
“Necessitamos de uma liderança que escute, mas que olhe em frente, saiba bem viver na humildade e que transmita isso como sentido de confiança perante os seus pares, vamos continuar a ser um instrumento de serviço por Braga e pelas novas gerações, aliás, como diria o professor Manuel Monteiro, os partidos são instrumentos ao serviço de Portugal”.
Segundo o líder da estrutura bracarense, “de mente e espírito desprendido este documento permite-nos olhar o país de ‘Braga para Portugal’, sem amarras, sem centralismos, apenas com o objetivo de afirmar o futuro de uma “Geração para Portugal, é o que pretendemos”.
O documento, “Uma Visão de Direita de Braga para Portugal”, coordenado por Tomás Fraga, estudante de Ciência Política na Universidade do Minho, em Braga, destaca desde logo medidas em oito áreas, como família, demografia e saúde, proteção civil e segurança, educação, inovação e ciência, mobilidade sustentável e ambiente, economia, empresas e emprego, turismo, bem como cultura e património, desporto e associativismo juvenilm a par de modelo territorial e de participação democrática, como as suas principais temáticas.