Ao quarto dia de protestos, o Presidente do Governo Regional da Catalunha apelou a um novo referendo sobre a independência. Os partidos da oposição não gostaram da ideia e a demissão de Quim Torra foi pedida de imediato pelos líderes partidários.
Lorena Roldán, líder do Ciudadanos na Catulunha, acusou o presidente do governo catalão de ser um ‘perigo público’ e de ‘desvalorizar a violência registada’ nos últimos dias por, na última quarta-feira, Quim Torra ter dito que muitos dos protestos violentos eram causados por ‘infiltrados’.
Também o líder do Partido dos Socialistas na Catalunha (PSC), Miguel Iceta, criticou a atitude do governante. “A sua principal obrigação seria promover a convivência, garantir a segurança e assegurar a governação. Mas acreditamos que está a fazer exatamente o contrário.”, acrescentou.
A porta-voz da coligação Comú-Podemo, Jéssica Albiach, não defendeu uma posição diferente, pedindo também a demissão de Quim Torra. “Não é um ativista, é um Presidente, mas não está a trabalhar em soluções”, afirmou.
Na quarta-feira à noite, foram detidas mais 20 pessoas e registados mais de 50 feridos, entre eles agentes e jornalistas. Um grupo de homens encapuzado terá atirado acido contra a polícia catalã, os Mossos d’Esquadra. Houve também pedras atiradas e material pirotécnico lançado contra um helicópetero.