Depois de muitas dúvidas e de uma lesão que andava a ser gerida há várias semanas, João Sousa confirma agora que já não jogará mais esta temporada. O anúncio chega depois de o tenista português ter sido, recorde-se, precocemente afastado do torneio de Basileia, onde perdeu, durante o fim de semana, na primeira ronda do qualifying.
“Depois de algumas semanas a arrastar problemas no meu pé esquerdo, vou ser forçado a dar por finalizada esta temporada de 2019 devido a uma fratura no pé que me vai impedir de disputar o último torneio do ano”, escreveu o atual número 62 do ranking mundial de ténis na sua página na rede social Facebook.
O vimaranense, de 30 anos, fez uma fratura de esforço num dos ossos do pé esquerdo, confirmada por uma ressonância magnética realizada na segunda-feira. Estima-se que o período de paragem para esta lesão seja, no mínimo, de quatro semanas, pelo que, durante este tempo, o português não poderá fazer qualquer tipo de esforços. “O João [Sousa] já vinha com algumas dores no pé esquerdo nos últimos meses. Fizemos uma ressonância e confirmou-se o pior cenário. O João tem uma pequena fratura num osso do pé esquerdo. Vai ter de estar quatro semanas sem grandes apoios nessa zona e depois iniciar a recuperação”, esclareceu Frederico Marco, treinador do número um português, ao site Bola Amarela.
João Sousa falhará assim o Masters 1000 de Paris, que arranca no próximo dia 26. Contudo, e apesar do adeus antecipado, o vimaranense tem a sorte de nunca ter tido lesões graves ao longo da carreira. Prova disso são os números que apresenta: esta época, por exemplo, o português despede-se como um dos dez tenistas com mais encontros disputados (57, no 7.o lugar) e o segundo, pelo menos até agora, com mais torneios jogados (28).
No geral, Sousa deverá terminar uma época fora do top-60 mundial, algo que não acontece há sete anos (desde 2012).
“Temporada exigente a muitos níveis” Olhando para a temporada de 2019 de João Sousa pode ser feito, de resto, um balanço de uma época irregular.
No que diz respeito aos Grand Slams, a melhor prestação alcançada pelo tenista luso foram os oitavos-de-final de Wimbledon, em que perdeu, recorde-se, diante do espanhol Rafael Nadal.
Diga-se, ainda assim, que este foi um resultado histórico, uma vez que João Sousa tornou-se, em julho, o primeiro português a chegar aos oitavos daquele torneio.
De relembrar também que o vimaranense chegou a este patamar depois de superar o britânico Daniel Evans, numa batalha épica de cinco sets e quatro horas.
Já no arranque da presente época, em janeiro passado, perdeu na terceira ronda do Open da Austrália contra o japonês Kei Nishikori.
Já no US Open e em Roland Garros perdeu na primeira ronda, frente ao australiano Jordan Thompson e diante do espanhol Pablo Carreño Busta, respetivamente.
Por sua vez, no Estoril Open 2019, depois do triunfo inédito de 2018, foi eliminado pelo belga David Goffin, antigo top-10 e atual 26.o ATP, na segunda ronda do torneio português.
No geral, foi na China, em setembro passado, que o atleta português alcançou uma das suas melhores exibições do ano: na altura bateu o top-20 mundial Felix Auger-Aliassime, o que lhe valeu um lugar nos quartos-de-final, em Chengu.
“Depois de mais uma temporada muito exigente a muitos níveis, queria agradecer-vos o forte apoio durante o ano, especialmente nos momentos mais difíceis”, pode ler-se na mesma mensagem publicada nas redes.
“Para o ano voltaremos mais fortes!”, assegura ainda o tenista português.