O Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P) vai entregar, esta quinta-feira, um pré-aviso de greve para as próximas duas semanas que inclui professores, funcionários, psicólogos escolares e técnicos. Os protestos surgem contra ‘a violência e impunidade nas escolas’.
Apesar de André Pestana, dirigente do sindicato, não considerar que há mais casos de violência nas escolas, as situações que têm vindo a ser noticiadas depois de um professor ter, alegadamente, agredido um aluno em Alvalade, levam o S.T.O.P. a querer agir. “Esta situação espoletou um sentimento de saturação de quem trabalha na educação. (…) O S.TO.P tem recebido muitas solicitações de professores, técnicos e psicólogos a dizer-nos que é uma situação insustentável e que deve ser enviado um sinal de descontentamento”, disse o dirigente, em declarações à agência Lusa.
André Pestana confessou já ter tentado marcar reuniões com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sem, no entanto, ter obtido qualquer resposta. À mesma agência noticiosa disse já ter enviado ‘um e-mail’. Os requisitos específicos serão cumpridos na entrega do pré-aviso de greve, ‘para que qualquer profissional da educação possa fazer greve se assim o entender sem levar falta’.
Desde 3 de outubro, que o S.T.O.P. tem uma greve convocada, destinada a exigir a retirada de materiais com amianto das escolas, na qual ‘qualquer trabalhador que se sinta lesado pode aderir’. A greve, inicialmente marcada até dia 18 de outubro, prolonga-se até ao final do mês.
André Pestana admitiu ainda, à Lusa, que o prolongamento da greve contra ‘a violência e impunidade nas escolas’ seria considerado se o sindicato não obtivesse uma resposta da parte do Ministério da Educação.