Um homem foi condenado pelo Tribunal de Aveiro, esta quinta-feira, a 15 anos de prisão pela prática de vários crimes sexuais. O arguido abusou de três raparigas, uma das quais com 11 anos e outra com incapacidade física.
O homem de 48 anos foi acusado de três crimes de coação sexual, um dos quais na forma tentada, um de importunação sexual, um de sequestro e outro de violação.
O primeiro caso ocorreu em janeiro de 2017, em Aveiro. O arguido abordou uma rapariga de 23 anos, de madrugada, quando esta se dirigia à sua viatura depois de já ter consumido bebidas alcoólicas. Este obrigou a jovem a entrar dentro do carro, através do uso de força, que fez a vítima perder a consciência. Conduziu para um local desabitado, onde violou a rapariga, ainda inconsciente.
O segundo caso ocorreu no ano seguinte, em fevereiro, em Anadia, no distrito de Aveiro. Uma rapariga de 11 anos estava a andar até casa, depois de sair da escola, quando o indivíduo a abordou. De acordo com o Ministério Público, o homem terá empurrada a menina para um pinhal e abusou sexualmente dela, tendo depois fugido e abandonado a criança.
O último caso ocorreu em agosto, do mesmo ano, com uma rapariga de 26 anos, com incapacidade física, em Oliveira do Bairro, também no distrito de Aveiro. O homem ofereceu boleia à jovem, sequestrou-a e coagiu-a a ter relações sexuais com ele.
O arguido está sujeito à medida de coação de prisão preventiva e terá de pagar 10.500 euros às vítimas.O tribunal de Aveiro decidiu ainda que este não pode exercer nenhuma profissão, durante 15 anos, que envolva contacto com menores.
A juíza presidente sublinhou, durante o julgamento, que ocorreu à porta fechada, que o acusado “tem uma personalidade definida pelos técnicos que coloca muitas reservas e riscos de repetição deste tipo de condutas, todas elas muito graves e com vítimas vulneráveis”, citada pelo Observador.
Esta não é a primeira vez que o homem é condenado por crimes sexuais. Já anteriormente o suspeito foi condenado por prática de crimes de atentado ao pudor, abuso sexual de crianças, furto, tráfico de droga e violência doméstica. Todas as acusações fizeram o Ministério Público considerar o arguido um "predador sexual", que escolhe as vítimas devido à vulnerabilidade que as mesmas apresentam.