A ministra do Trabalho francesa, Muriel Pénicaud, anunciou, esta terça-feira, que o país vai passar a ter quotas anuais para imigrantes consoantes as necessidades de trabalhadores em determinados setores.
A medida irá entrar em vigor a partir do verão do próximo ano, e já tinha sido sugerida pelo primeiro-ministro Édouard Philipe aquando um debate na Assembleia Nacional sobre a imigração.
As quotas serão fixadas consoante as necessidades territoriais do país. Segundo Mariel Pénicaud, “haverá sempre trabalhos com necessidades que não são preenchidas e teremos sempre necessidades adicionais. Queremos completar os recursos humanos que já temos em França. Ao complementar, a imigração vai ser uma oportunidade".
O sistema funcionará como já acontece atualmente no Canadá ou na Austrália, onde o visto para permanecer no país está ligado ao trabalho e tem uma duração já determinada. Esta decisão tem também por objetivo conhecer melhor o mercado de trabalho e encaminhar com mais exatidão quem procura um emprego e já está em território francês.
As novas medidas serão apresentadas, esta quarta-feira, pelo primeiro-ministro francês, com novos regimes também no que diz respeito ao direito ao asilo, deveres e direitos dos imigrantes.
Uma das novas medidas será a de as pessoas que pedirem asilo apenas terem acesso ao sistema de saúde francês três meses depois, em contraste com o que acontecia agora que, a partir do momento em que era pedido asilo, as pessoas tinham direito a usufruir deste sistema. Também uma maior inspeção para quem usa vistos de turismo para utilizar este sistema de saúde e a redução do período de espera de concessão do estatuto de refugiado são medidas que o Governo francês planeia implementar.