O Departamento Central de Investigação e Ação Penal acusou Lalanda de Castro, Luís Cunha Ribeiro e outras quatro pessoas, assim como uma empresa, no caso Máfia do Sangue. Em causa estão os crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e branqueamento de capitais. A informação foi confirmada esta manhã pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que esclareceu ainda: “A investigação, realizada pela Polícia Judiciária, envolveu a cooperação internacional, concretamente, das autoridades suíças, tendo também participado na articulação das respetivas equipas a Eurojust”.
“Na acusação, o Ministério Público pediu ainda a condenação de dois arguidos na pena acessória de proibição do exercício de funções, bem como a perda de vantagens a favor do Estado, concretamente, de várias frações autónomas de imóveis e da quantia total de 5.351.120,16 euros”, anunciou a PGR, adiantando: “A título de indemnização, foi pedida a quantia total de 149.760,28 euros”.
O caso Máfia do Sangue
O processo Máfia do Sangue teve origem no caso Marquês: o MP analisou todos os contratos celebrados pela Octapharma, empresa de Lalanda que contratou José Sócrates, celebrados entre 1999 e 2005. O objetivo era perceber a relação com o antigo primeiro-ministro, que, antes de ter sido detido, tinha uma avença com a empresa.
Alguns destes contratos levaram a que o MP abrisse uma nova investigação, que culminou na detenção do antigo presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Luís Cunha Ribeiro é suspeito de ter montado um esquema com a farmacêutica de Lalanda de Castro, esquema esse que faz com que a Octapharma controlasse todo o fornecimento de plasma ao Serviço Nacional de Saúde.
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