A Juventude Leonina emitiu um comunicado onde reage às declarações do presidente do Sporting, Frederico Varandas, que na gala Rugidos do Leão, realizada esta sexta-feira, afirmou ter sido a sua direção a primeira a "acabar com uma guarda pretoriana paga para fazer o trabalho sujo de uma direção".
A mais mediática das claques dos leões acusa o presidente de "mentir descaradamente", garantindo inclusive não ter tido a pretensa reunião que Varandas disse ter existido. "A Juventude Leonina não é subserviente de nenhum presidente, deve apenas lealdade a um clube que ama e que de uma forma organizada apoia desde 1976, ou seja, antes sequer do nascimento deste sr. presidente e, decerto, muito antes de qualquer protocolo. O nosso apoio não está dependente de algum acordo com alguma direção, mas sim por livre iniciativa própria", escreve o organismo.
E vai mais longe. "O protocolo assinado com a direção liderada por Varandas supera em muito o que o anterior protocolo estabelecia, seja a nível de apoios para viagens, apoios às coreografias e suportes logísticos. Pelo que se desafia a direção a publicar os termos dos protocolos, para que as pessoas percebam realmente até que ponto se propõem mentir", escreve a Juve Leo, frisando que os protestos contra a atual direção "nada têm a ver com qualquer protocolo": "Caso contrário, os cânticos contra a presidência não teriam sucedido antes sequer do comunicado absurdo que anunciou o fim do mesmo, ainda que, sem qualquer valor jurídico. Foi esta mesma direção que decidiu propor os melhores termos até hoje verificados de qualquer protocolo entre as claques e o Sporting, muito após o evento de Alcochete".
Na mensagem emitida, a claque deixa ainda várias questões, dirigidas especificamente a Frederico Varandas e relacionadas precisamente com o ataque à Academia leonina em maio de 2018. "Deveria haver alguma honestidade intelectual nas afirmações de um presidente que representa o Sporting. Não existindo, diga-se em abono do rigor, que foi esse processo de Alcochete que levou este sr. a candidatar-se à presidência e, neste associo, quem filmou aqueles atos hediondos? Quem publicitou os vídeos que correram o mundo? Quem se aproveitou para lançar mão da proximidade com os jogadores e até sugeriu para os jogadores agirem como agiram? E afinal, quem no fim foi o prejudicado? O Sporting, que viu contratos resolvidos e, no mandato deste sr. presidente, se desistiu de prosseguir os processos em curso contra esses mesmos atletas, que são antes convidados de honra de tribunas, cada vez mais populosas", pode ler-se na nota.