Rodeado de passistas, o principal opositor de Rui Rio e antigo líder parlamentar, Luís Montenegro, apresentou hoje formalmente a candidatura à presidência do PSD e caso assuma os comandos do partido deixou já bem claras as suas metas.
Desde logo, Luís Montenegro diz que, nas próximas autárquicas, marcadas para 2021, quer recuperar várias câmaras municipais, sobretudo Lisboa. Além disso, o candidato à presidência do PSD assume como meta ganhar as duas próximas eleições legislativas, prometeu reduzir de forma “gradual e faseada” os impostos (IRS, IRC e IVA) e disse .
Aos militantes e em jeito de recado a Rui Rio, Luís Montenegro diz que quer devolve o D ao PSD, porque o país e o Estado “tem PS a mais” e não “precisam de ter um PSD subalterno ao PS”. Para Montenegro, o D do PSD traduz “democracia, diferença, dignidade, desenvolvimento, dinamismo, disrupção”, acrescentando ainda que o partido não pode existir para ser “bengala suplente do PS”. Palavras aplaudidas por Maria Luís Albuquerque, Rui Machete, Hugo Soares, Teresa Morais ou Carlos Abreu Amorim, da chamada ala passista do partido.
Durante os 40 minutos de discurso, em Lisboa, Luís Montenegro disse ainda que será um líder “agregador” e que caso vença “nunca mais vai ser preciso um líder histórico vir a público preocupado com a falta de unidade do partido”.
As eleições diretas estão marcadas para 11 de janeiro e o congresso vai decorrer entre 7 e 9 de fevereiro, aprovou ontem o Conselho Nacional do PSD.