A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) reivindicou esta terça-feira uma atualização de 3,5% para os salários de todos os funcionários públicos em 2020. E deixou um recado ao Governo ao garantir que não concorda com aumentos “em linha com a inflação”.
Caso contrário, segundo o dirigente José Abraão, não será iniciada “uma trajetória de verdadeira recuperação do poder de compra perdido pelos trabalhadores da Administração Pública ao longo de mais de uma década”.
O responsável afirmou também que a Fesap defende ainda que o valor da primeira posição da tabela remuneratória única passe a ser de 683,13 euros no próximo ano, face aos atuais 635,07 euros.
José Abraão tem defendido como prioridade a progressão nas carreiras, alegando que “não faz sentido que haja carreiras, cuja progressão se faça em média de 10 em 10 anos e se chegue ao topo ao fim de 70, 80 ou 90 [anos]”.
Ao mesmo tempo, a estrutura sindical tem vindo a pedir uma maior transparência na escolha de dirigentes na administração pública, criticando o atual modelo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP).