A Proteção Civil emitiu, esta quinta-feira, um aviso à população devido ao agravamento das condições meteorológicas previsto para os próximos dias.
Neve, vento e agitação marítima vão marcar as 48 horas que se seguem, adianta a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC), através de comunicado, no qual destaca os períodos de chuva ou aguaceiros "que poderão ser de granizo e acompanhados de trovoada no Norte e Centro".
As previsões de vento forte do quadrante oeste dão conta de "rajadas até 85 km/no Norte e Centro e forte nas terras altas, com rajadas até 95 km/h, podendo chegar até 110 km/h nos pontos mais altos da Serra da Estrela, nas terras altas do Sul, com rajadas até 75 km/h".
A Proteção Civil alerta ainda para queda de neve acima dos 1000/1200 metros de altitude, que se poderá acumular entre os 5 e os 10 centímetros nas regiões Norte e Centro, descendo a cota temporariamente para 800 metros no extremo Norte, onde poderá acumular 10 cm (por exemplo em Montalegre e no Gerês).
Motivo de cuidado é também a agitação marítima, em especial na costa ocidental, com ondas de noroeste com 5 a 7 metros de altura significativa, podendo atingir 15 a 16 de altura máxima ao final do dia de amanhã, a norte do cabo Raso. A sul, prevê-se ondas de noroeste até 6 metros de altura significativa podendo atingir 12 metros de altura máxima até ao início da manhã de sexta-feira.
Os efeitos expectáveis do agravamento das condições passam por: piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo; possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; danos em estruturas montadas ou suspensas; Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis; possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; possíveis acidentes na orla costeira; fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
Por outro lado, o impacto destes efeitos pode ser minimizado pela adoção de determinados comportamentos, segundo a Proteção Civil.
“Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; e adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias”, são algumas das recomendações daquela autoridade.