Fernando Medina afirmou, esta quarta-feira, que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) tem a “ambição clara” de dar resposta a cada uma das 361 pessoas que se encontram identificadas em situação de sem-abrigo, reconhecendo, no entanto, que nem todos os casos serão bem-sucedidos.
O autarca afirmou que quer as pessoas nesta situação “tenham uma resposta de acordo com a sua necessidade e a sua vontade, seja ela uma resposta de habitação como ponto de entrada e de começo para o processo de integração, seja ao nível da saúde (…), seja de álcool, seja de estupefacientes".
Fernando Medica explicou ainda que há pessoas que, “por perda de confiança no sistema” não querem sair da rua, mantendo-se nessa situação “há mais de 10, 15 anos” e que, dificilmente aceitarão outras alternativas.
O grande desafio em Lisboa será, segundo o presidente da CML, “perceber que cada caso é um caso”. Fernando Medina reconhece assim que “não há duas pessoas com histórias de vida iguais” e que, por isso, é preciso trabalhar possibilidades de reinserção diferentes.
Um dos problemas do município será, no entanto, “a disponibilização de habitações”, tenho em conta o “momento imobiliário” vivido na capital. De forma a responder a essa necessidade, a CML conta com a ajuda de várias instituições, entre as quais a Housing First.