Os trabalhadores do Continente Modelo da Rechousa, em Vilga Nova de Gaia, concentraram-se, esta quinta-feira, para negociar o contrato coletivo de trabalho e exigir o arquivamento dos processos disciplinares que foram levantados contra eles. O Sindicato dos Trabalhadores do comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) denunciou ainda “repressão, pressões e assédio” por terem exercido o direito de greve no dia 1.º de Maio, Dia do Trabalhador.
O sindicato em questão acusa a loja de Rechousa de ter substituído “ilegalmente os trabalhadores em greve com trabalhadores de outros locais de trabalho". O CESP afirma ainda que desde então que os trabalhadores são também “alvo de sanções disciplinares por aderirem à greve”.
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, classificou a situação como “inadmissível”, onde afirmou ser necessária a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). À agência Lusa denunciou que esta “já foi pedida, mas até agora tem sido completamente ineficaz e inoperacional”.
À mesma agência, fonte oficial do grupo Sonae diz “desconhecer de todo os motivos que levaram a esta situação”, assegurando que “não se revê nas práticas relatadas”.
Arménio Carlos afirmou ainda que não a unida em Vila Nova de Gaia colocou em causa o direito do trabalhador à greve, como está a ameçar os trabalhadores, “com a justificação de que recusaram orientações que tinham sido transmitidas pelas chefias". “É a Sonae que tem de ser pressionada, não os trabalhadores, e, já agora, condenada”, acrescenta o dirigente sindical.