Depois de António Costa ter anunciado, este sábado, que as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vão passar a ser eleitas por autarcas, em vez de serem nomeadas pelo Governo, o CDS defende, segundo as declarações políticas de Cecília Meireles, a que a Lusa teve acesso, que para a regionalização avançar é preciso haver um referendo.
A líder parlamentar acusa ainda o Governo de achar que a melhor maneira de avançar com a regionalização é “às escondidas”. "Esta eleição é o primeiro passo para a regionalização. E a resposta deste parlamento deve ser também muito clara: regionalização só com referendo", defende Cecília Meireles.
Marcelo Rebelo de Sousa alertou, durante o fim-de-semana, para quue, sem prudência e trabalho de preparação, um novo referendo sobre o assunto corria o risco de ser chumbado, fazendo assim com que o processo de regionalização fosse chumbado pelos portugueses.
A actual direcção do CDS, liderada ainda por Assunção Cristas, tem-se mostrado totalmente contra a regionalização. Essa foi aliás uma das divergências com Rui Rio durante a campanha eleitoral para as legislativas. O líder do PSD, que no anterior referendo foi contra a regionalização, defende que pode evoluir na sua posição. Gostava de um projecto que me permitisse votar a favor. Se o Parlamento aprovar uma lei e se essa lei for referendada, se no quadro dessa lei as competências estiverem devidamente atribuídas e a despesa pública baixar, sou a favor”, garantiu.