Em primeiro lugar, vivemos claramente sobre uma ‘pressão verde’, em que os consumidores cada vez mais consomem de forma ecológica, escolhendo marcas e produtos que cumpram este propósito. Esta mudança de comportamento do consumidor deve-se refletir no compromisso das marcas como um todo, para que assim correspondam às expectativas de quem as escolhe.
Hoje em dia se não é ‘verde’ sabemos que muita resistências e polémicas se podem abater sobre a estratégia das marcas.
Em segundo lugar e focando agora na tecnologia o tema dos avatars ganha cada vez mais expressão. Num cenário em que a media está cada vez mais fragmentada, as marcas devem procurar soluções em que avatars assumem diferentes personalidades, habitando depois no mundo digital. O toque humano deve sempre que possível para marcar presença para que se consiga manter o lado emocional.
Por outro lado, verificamos que a constante evolução dos serviços e da sua digitalização, com uma crescente customização e um foco na conveniência, faz com que cada vez mais o consumidor espere relevância nos serviços e na forma como comunicamos com as marcas.
Não é por acaso que estas tendências vivem centradas no bem estar, no que podemos fazer para melhorar a nossa vida.
E falando em melhorar a nossa vida, chegamos à 4.ª tendência que está diretamente relacionada com a epidemia de burnout a que assistimos hoje em dia. A constante pressão para estarmos no nosso máximo, a nível pessoal e profissional, põe em causa muitas vezes o nosso bem estar e a nossa própria sanidade e relações com os outros. Assim há um foco crescente em tudo o que ajude a sentir bem e também aí as marcas podem marcar uma posição.
Por último, não podemos deixar de for a todo o fenómeno das redes sociais e de como tem evoluído a abordagem a esse novo meio. Do voyerismo total e até de uma frustração inexplicável, passamos agora para uma crescente necessidade de evitar comunidades ou mensagens tóxicas, procurando plataformas onde possamos ser livremente nós próprios e relacionarmo-nos de forma mais saudável e importante.
É neste conjunto de tendências que podemos planear o nosso ano e perceber como podemoz encaixar as marcas no melhor caminho, construindo uma história que não terminará tão cedo e apostando no que realmente importa.
Até porque já sabemos o que nos espera: ano novo, vida nova.
*Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment