Uma nova ilha açoriana pode surgir entre o Faial e São Jorge devido aos “movimentos ascendentes” que se têm vindo a registar no mar. “Pelo tipo de sismo, pela cadência, pela periodicidade, pela energia Richter e repercussões nas ilhas vizinhas, que são Faial e São Jorge e, por vezes, Pico, suspeita-se que há movimentos ascendentes no fundo do mar, sendo a evolução natural o aparecimento de uma ilha”, explicou, mais pormenorizadamente, o presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, citado pela agência Lusa.
As “crises sucessivas” que se têm vindo a registar ao longo do tempo, “com intervalos de dois anos” deveriam ser melhor monitorizadas. Era necessário, segundo a opinião de Victor Hugo Forjaz, que a Marinha portuguesa fizesse um levantamento “no sentido de se perceber melhor os movimentos do fundo do mar naquela zona”.
O especialista afasta, no entanto, a ideia de que haja perigo para a ilha do Faial, que fica “cerca de 25 a 30 quilómetros” afastada do local. Relembrou ainda que esta não seria a primeira vez que surgia uma ilha na zona, exemplificando com o banco D. João Castro, um vulcão submarino que “esteve fora do mar um certo tempo” que é previsível que volte a emergir, depois de ter sido abatido devido a “falhas geológicas”.
Recorde-se que o arquipélago dos Açores tem vindo a registar centenas de sismos desde o início de novembro, numa zona localizada aproximadamente entre os 25 e os 30 quilómetros a oeste da freguesia de Capelo, na ilha do Faial.