O Orçamento do Estado para 2020 tem previsto gastar mais 55 milhões de euros com o BPN, aumentando para mais de 4,2 mil milhões de euros, de acordo com o Tribunal de Contas, o dinheiro público já investido na instituição bancária falida e nacionalizada em 2008 pelo Governo liderado por José Sócrates – um processo que culminou com a detenção do ex-banqueiro José de Oliveira Costa, entretanto condenado a 15 anos de prisão.
O documento orçamental para o próximo ano não avança com explicações para esta nova despesa e acrescenta que, em 2019, o Estado gastou mais 59,5 milhões de euros no âmbito do processo de reprivatização do BPN.
Passados 11 anos da nacionalização, o Estado continua a braços com os ativos tóxicos geridos pelas entidades criadas para o efeito: a Parvalorem, a Parparticipadas e a Parups.
Recorde-se que a distinção entre ativos e ativos problemáticos foi condição considerada sine qua non para a reprivatização do BPN, que aconteceu, finalmente, em 2012, depois de o Estado ter chegado a acordo com o Banco BIC, num negócio avaliado em 40 milhões de euros.