Para Arons de Carvalho, o serviço público é sempre afetado em situações em que haja “acusações de dependência face ao poder político”.
No entanto, o fundador do PS e antigo vice-presidente do conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que a “questão da independência do serviço público já não se coloca hoje com a mesma intensidade com que se colocava no passado”.
E aponta o dedo ao PSD por querer “instrumentalizar” uma questão interna da RTP, falando num “aproveitamento político” por parte dos sociais-democratas. Sobre a polémica em si e a importância do Sexta às 9, Arons de Carvalho defende que um programa deste género “não deveria existir num serviço público de televisão”.
“Deve haver jornalismo de investigação, mas a difusão dos conteúdos desse tipo de jornalismo deve ter como único critério estarem concluídos os trabalhos, com contraditório, com a informação devidamente fechada. Esta obrigação de todas as semanas ter de haver uma bronca qualquer para denunciar leva a que sejam queimadas etapas absolutamente necessárias no jornalismo”, explica ao i.
O antigo responsável sustenta esta afirmação lembrando as “as deliberações tomadas por unanimidade nos últimos anos pela ERC a condenar o Sexta às 9 por falta de rigor ou por incumprimento do direito de resposta”. A difusão deste tipo de jornalismo não deve ter um timing obrigatório. Não pode depender de horários ou de obrigações de preencher espaços”, defende.
Para Arons de Carvalho, o serviço público é sempre afetado em situações em que haja “acusações de dependência face ao poder político”. No entanto, o fundador do PS e antigo vice-presidente do conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que a “questão da independência do serviço público já não se coloca hoje com a mesma intensidade com que se colocava no passado”.
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