Rui Pinto voltou a sublinhar, na primeira entrevista presencial dada após ter sido detido, que o futebol é “intocável”, referindo-se, principalmente, ao “clube mais popular de Portugal”. “O clube [Benfica] tem estreitas relações com a polícia, os magistrados e os políticos e regularmente têm bilhetes VIP para os seus jogos. Seria um enorme conflito de interesses se eles alguma vez tivessem de investigar o Benfica a sério", afirmou Rui Pinto, numa entrevista publicada esta sexta-feira. O português compara ainda o Benfica a um “polvo de influência junto das elites da nação”.
Formalmente acusado de 147 crimes, comenta com a publicação alemã que o acesso ao servidor da firma de advogados PLMJ deveria contar apenas como um crime. “"Contaram todas as moradas de e-mail, por isso são mais de 70", explica.
Questionado sobre se foi ele a aceder ao servidor, Rui Pinto diz que essa é uma questão “discutível”, e que é “prematura falar sobre isso agora”.
À publicação, acabou por confessar que “no final, este caso irá acabar no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos porque Portugal não quer saber da proteção aos denunciantes".
Garantindo que as autoridades lhe vão atribuir muitos crimes que considera não ter cometido, Rui Pinto acrescenta: “Eu não vou denunciar ninguém”.