É altamente provável que o leitor já tenha pensado em formas de gerar maior rendimento para si ou para a sua família. A entrada de capital é algo entusiasmante e um movimento sobre o qual assentam planos, perspetivas de futuro e oportunidades.
Contudo, se o leitor for tão jovem quanto eu, ou mais do que eu, também já se deparou com os desafios que a criação de novas e diversificadas fontes de rendimento oferecem, desde dificuldades em aceder a crédito, primeiros rendimentos baixos, burocracia, instabilidade fiscal, por aí em diante. Tal não impediu a minha busca.
Ao longo da minha ainda curta juventude, e nessa mesma busca por liberdade financeira, tentei vários métodos e investimentos claro, à dimensão do possível, mas apenas um se verificou verdadeira rentável: o investimento na minha formação. Com formação não quero dizer necessariamente formação académica. Quero dizer, sim, qualquer oportunidade de reter e aplicar conhecimentos que na área de domínio ou estudo atual não são abordados.
Defendo, por isso, que na incapacidade (para a maioria) de juntar uma boa maquia, se aloquem os recursos a experiências ou fontes de conhecimento, desde experimentar o mercado da bolsa, adquirir livros, aprender línguas, viajar, ou qualquer outro recurso que represente uma aposta clara em si próprio.
Metaforicamente, podemos pensar esta estratégia como pensaria Abraham Lincoln, e despender a maioria do ‘tempo’ a aguçar o machado e a escolher a árvore ideal antes de lhe desferir o primeiro golpe, rumo a uma lareira acesa.
Quer isto dizer que, na clara alocação dos humildes recursos de um qualquer jovem ou estudante ao seu desenvolvimento e diversificação de experiências, há uma aposta na preparação para qualquer que seja a oportunidade profissional em vista.
Desferir um golpe rentável na vida pode, a curto prazo, representar um surto de sorte, mas a longo prazo implica sempre preparação e experiência. Continuo por essa razão a reiterar que a melhor forma de antevermos o nosso sucesso como profissionais de uma qualquer área é expandirmos a nossa rapidez de aprendizagem e consequente capacidade de adaptação, por qualquer via que o promova.
A favor ou contra a vontade do leitor, a economia e, por arrasto, a sociedade, assentam na base de uma estrutura invisível assente na capacidade das pessoas confiarem ou não no seu funcionamento. Claro está que, o mesmo modelo (capitalismo) prevê poupança mas, na minha opinião e na de especialistas, apenas como um meio temporário para uma acumulação que permita ao seu detentor investir e gerar ainda mais rendimento. A entrada e fluxo de capital é chave.
Convido assim que poupemos, sim, mas apenas temporariamente, e que invistamos no nosso futuro, na vida de um recurso que permita entrada e fluxo de dinheiro mas, mais prioritário ainda, que represente uma entrada de conhecimento, diversificação de experiência e uma perspetiva mais abrangente da realidade em que vivemos.