O CDS questionou a ministra da Saúde sobre as medidas que o Governo aplicou nos últimos meses para prevenir casos de violência contra profissionais de saúde, como os que ocorreram nas últimas semanas.
Além das medidas específicas para combater este problema, o CDS quer saber também “quantas resultaram do ‘projeto inovador para combater a violência contra os profissionais de saúde’, criado em conjunto entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças” e quais os resultados práticos deste projeto.
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Esta questão surge depois de terem vindo a público dois casos de médicos agredidos em unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde. O primeiro caso ocorreu na passada sexta-feira, no Serviço de Urgência do Hospital de São Bernardo. Uma médica foi esbofeteada e espancada por uma mulher de 25 anos, depois de ter dito à agressora que, como não estava grávida, podia ficar na sala de espera a aguardar pela sua vez para fazer exames.
O segundo caso ocorreu na terça-feira, no Atendimento Complementar (AC) do Centro de Saúde de Moscavide, em Lisboa. O médico, de 66 anos, foi agredido por um paciente, de 20 anos, com socos e pontapés, depois de se recusar a passar-lhe baixa.
"Pretendia que lhe desse uma vacina para a gripe (porque um primo tinha feito a vacina), e lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019", contou no Facebook Vitor Manuel Silva. "Como não acedi ao que desejava, começou por pegar no teclado do computador e atirá-lo contra a secretária, partindo-o (…) Com a ajuda da namorada, que me segurava, agrediu-me com vários socos e pontapés, um dos socos no olho direito e um pontapé na grelha costal", contou, revelando que teve "muita dificuldade em conseguir sair para pedir auxílio" ao longo de "10 minutos". O caso já foi confirmado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.