Luís Giovani dos Santos Rodrigues, um jovem cabo-verdiano de 21 anos, morreu no passado dia 31 de dezembro no Hospital de Santo António, no Porto, após ter estado 10 dias internado. O jovem terá sido confrontado por um grupo de indivíduos no dia 21 de dezembro à noite, em Bragança, quando se dirigia para casa, tendo sido espancado.
Após este ataque, Luís Rodrigues foi transportado para o hospital de Bragança, havendo suspeitas de ter um traumatismo cranioencefálico. De seguida foi reencaminhado para o Hospital de Santo António, onde esteve internado por 10 dias e acabou por morrer. A PSP já identificou dois suspeitos, mas ainda não deteve ninguém pelo que a investigação continua.
O caso fez ecoar vozes políticas de ambos os países. Eurico Monteiro, embaixador de Cabo Verde em Portugal, pediu no sábado a clarificação “cabal” das circunstâncias da morte do jovem. Num comunicado, a embaixada refere que Eurico Monteiro está a “acompanhar de perto as investigações e os seus desenvolvimentos”.
“O processo foi encaminhado à Polícia Judiciária para o competente tratamento. Foi ordenada também a realização da autópsia para se conhecer com precisão a causa da morte”, esclarece ainda a Embaixada.
Por sua vez, José Soeiro, do Bloco de Esquerda, afirmou tratar-se de “um caso gravíssimo de agressão e homicídio, em tudo nojento, mas que não está nas primeiras páginas dos jornais nem nos destaques das televisões”. O bloquista questionou ainda se “Giovani tivesse outra origem, não haveria já uma comoção nacional generalizada, comentadores empolados e uma onda mediática de choque e indignação?”.