A proposta de agravamento do IVA nas touradas para a taxa máxima divide o eleitorado português, mas, ainda assim, são mais os que estão contra esta medida inscrita no OE para 2020 por Mário Centeno e reclamada pelo PAN do que os seus defensores.
Com efeito, 37% dos inquiridos no barómetro de janeiro da Eurosondagem-Associação Mutualista Montepio para o SOL, consideram que o imposto atual devia manter-se, contra 33% que subscrevem o agravamento (enquanto 30% não tomam posição).
Mas se esta questão divide o eleitorado quase em três partes iguais, já muito mais consensual é a opinião de que a Assembleia da República – tal como o fez ontem na generalidade – faz bem em aprovar a proposta de Orçamento do Estado para 2020. Praticamente 70% dos inquiridos pronunciaram-se a favor da viabilização do OE, contra apenas 11% de defensores do chumbo da proposta de António Costa e Mário Centeno. Ou seja, os portugueses acham que não faz qualquer sentido uma crise política três meses depois da ida às urnas.
Barómetro sem variações
Aliás, o Barómetro não regista grandes variações em relação ao mês passado nem se comparado com os resultados das eleições legislativas propriamente ditas – ainda que o PS saia agora ligeiramente beneficiado em relação ao PSD, cuja contenda interna, a avaliar pela penalização infligida pelo eleitorado, parece não ter sido muito mobilizadora junto da opinião pública.
Também relativamente à popularidade dos principais protagonistas políticos o novo ano não trouxe alterações de maior, mantendo-se o Presidente Marcelo como rei da empatia com o povo. António Costa e André Silva registam igualmente melhorias na sua imagem pública, mas quem mais recupera é Joacine Moreira.
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