Os jornalistas que estão a acompanhar a fase de instrução do processo Tancos, que decorre no Tribunal de Monsanto, estão a trabalhar na rua, à chuva, tendo apenas como abrigo uma paragem de autocarro. Nem sequer a uma casa de banho têm acesso facilitado. O Sindicato dos Jornalistas já pediu esclarecimentos num email enviado ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal de Justiça. O SOL também questionou ao início da noite a Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa sobre se estão a ser estudadas alternativas, mas ainda não recebeu qualquer resposta.
Na denúncia feita hoje pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ) é referido que foram recebidas “queixas relacionadas com a inexistência de uma sala de trabalho apropriada, apetrechada com mesas e cadeiras pelo menos, e que se situe próxima do local onde decorrem as audiências e de uma casa de banho de fácil acesso, o que não acontece agora”.
“Os queixosos – jornalistas de 10 órgãos de informação – informaram o SJ de que estão a trabalhar numa paragem de autocarro (ver foto em anexo), ao relento, e sem fichas para carregar computador ou telemóvel, instrumentos essenciais para desempenharem o seu trabalho, crucial para assegurar o direito à informação de todos os cidadãos, previsto na Constituição da República Portuguesa”, refere ainda o email assinado pela direção do SJ.
A terminar é feito um apelo às três entidades para que seja encontrada uma solução para este problema.