Rui Pinto, acusado de 147 crimes de acesso ilegítimo, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão, soube, esta sexta-feira, que vai ser julgado por 93 crimes e que permanecerá em prisão preventiva.
Criador do Football Leaks vai a tribunal por tentativa de extorsão à Doyen e acessos à PGR, a sociedade de advogados PLMJ, ao Sporting e à Federação Portuguesa de Futebol.
Caem assim alguns dos crimes de violação de correspondência, por não terem sido apresentadas queixas pelos alegados ofendidos.
Também o advogado do hacker, à data dos factos, Aníbal Pinto, acusado de intermediar a tentativa de extorsão, entre 500 mil euros e um milhão de euros ao fundo de investimento Doyen, vai ser julgado pelo crime de extorsão na forma tentada.
A decisão instrutória foi proferida pela juíza de instrução criminal Cláudia Pina, que procedeu à leitura no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
Sublinhe-se ainda que, quer Rui Pinto, quer Aníbal Pinto, requereram a abertura da instrução, a fase facultativa que visa decidir se o processo segue e em que moldes para julgamento.